As mulheres conti "/>  

As mulheres conti "/>

desporto mocambicano

Ode às mulheres no desporto moçambicano  

  • 668

 

As mulheres continuam as que mais resultados positivos têm trazido ao desporto moçambicano, procurando seguir o percurso de Maria de Lurdes Mutola, a Heroína do Trabalho que é até aqui a única desportista nacional a conseguir o título de Campeã Olímpica, algo acontecida a 25 de Setembro de 2000 quando em Sydney pulverizou a final dos 800 metros e conquistou a medalha de ouro da maior competição desportiva planetária.

 

Por Redacção LanceMZ

 

Depois da campeã mundial e olímpica dos 800 metros, várias outras mulheres se destacam em diferentes modalidades praticadas no país. O exemplo mais recente vai para as pugilistas Alcinda Panguana e Rady Gramane que tem se destacado ao nível internacional, tendo inclusive conquistado medalhas de prata e bronze, respectivamente, no Campeonato Mundial de Boxe que decorreu em 2022, em Istambul, na Turquia, isto para além das medalhas ao nível do continente africano, da região Austral de África.

 

Panguana e Gramane têm estado ao mais alto nível nas diversas provas intercontinentais que têm participado, tendo em 2021 registado uma excelente prestação nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, sendo as mulheres que nos últimos tempos carregam bem alto a bandeira nacional além-fronteiras.

 

SINAPORTAR E MUIANGA AS RAINHAS DO VÓLEI DE PRAIA

 

Outro destaque bem recente vai para a dupla de vólei de praia Ana Paula Sinaportar e Vanessa Muianga que tem se evidenciado ao nível regional, tendo recentemente conquistado o título da Zona VI de África, ao vencerem sem derrotas o primeiro Circuito Regional, após sete etapas da competição.  

 

Sinaportar e Muianga tem feito parte também da equipa da Associação Académica de Maputo que tem ditado as regras ao nível do voleibol de sala na Zona VI de África, pois a turma estudantil ostenta o título de bicampeãs regionais.

 

BASQUETEBOL FEMININO MANTÉM A CHAMA ACESA

 

O basquetebol feminino é de longe a disciplina olímpica colectiva que mais vezes prestigiou o nome de Moçambique a ní­vel internacional. Apesar de ainda não ter conseguido conquistar o primeiro lugar de um AfroBasket, a selecção sénior feminina tem dignificado o país com prestações de grande nível, tendo registado presenças em campeonatos do Mundo, bem como nos torneios pré-olímpicos.

 

As nossas basquetebolistas, algumas mães (solteiras, vivendo maritalmente ou casadas, isso não importa), muitas profissionais em outros ramos para além da sua dedicação horas a fio ao basquetebol, são verdadeiras campeãs de como se a ganha a bandeira da equidade do género e sabem muito bem o que custa a liberdade de serem desportistas, profissionais e mães.

O basquetebol feminino é a modalidade colectiva com mais títulos de campeão africano, ao nível de clubes, contabilizando-se um total de sete troféus, a começar pelo Maxaquene (1991), seguindo-se a Académica (2001), Desportivo Maputo (2007 e 2008), Liga Desportiva de Maputo (2012) e Ferroviário de Maputo (2018 e 2018).

MULHERES ROMPEM BARREIRAS MASCULINAS NO FUTEBOL

Mulheres rompem fronteiras do machismo e tornam-se em agentes desportivos, sobretudo no comando técnico das equipas e na arbitragem do futebol moçambicano. Elas têm rompido, gradualmente, as fronteiras do machismo e têm estado a conquistar o seu espaço.

Felizarda Lemos, que é carinhosamente tratada por Mister Fifi, treinadora da selecção feminina de futebol, foi a primeira mulher a qualificar uma equipa sénior masculina para um campeonato provincial. Muitas jovens procuram seguir os passos de Fifi, participando em várias formações de treinadores que ocorrem um pouco por todo país.

Na arbitragem o destaque vai para Ema Novo que já a alguns anos tem apitado jogos do principal campeonato de futebol, o Moçambola, dirigindo quartetos de arbitragem femininos inclusive, contando com as suas companheiras Roda Mondlane e Olinda Augusto.

Mas, apesar deste bom desempenho das mulheres no futebol, tanto com treinadores assim como árbitras, há ainda um longo caminho a percorrer, aliás como atestam os dados. Por exemplo, segundo os dados facultados pela Federação Moçambicana de Futebol, nos 49 treinadores com nível A e 79 com nível B não há nenhuma mulher; dos 396 treinadores com o nível C há apenas 36 mulheres; dos 513 treinadores do nível D há apenas 43 mulheres e dos 244 treinadores formados nos cursos da FIFA apenas 18 são mulheres. (LANCEMZ)

 

Notícias Relacionadas
Ads - Anuncio 3
Todos os direitos reservados a Lance. Registrado no GABINFO: REGISTO: 57/GABINFO-DEPC/210/2022 .